quarta-feira, 25 de maio de 2016

Navegação.



Põe fogo nesse poema
com tua língua pirotécnica,
abraça essas ideias e conversas
construindo navios
numa calma dialética
para que naveguem,
revezem entre mares e rios,
flutuem nessas sinuosas curvas
as quais chamamos de pernas,
arranhando como pedras no casco,
metendo-se como dedos no vazio
e desbravando por milhares de milhas náuticas,
indo e vindo com admirável brio
o qual chamamos de arrepio.

Autor: H.
Ilustração: Leonardo Alves