segunda-feira, 28 de março de 2016

Trapaça.



As diferentes formas de amar se confundem e se conflituam fervorosamente de dentro para fora e de fora para dentro, há diálogo, há lágrimas, tal qual há vontade de ferir, de fazer-se importante, de ressaltar a necessidade que um tem outro uma vez que estão regados e conectados pelo mesmo sentimento. A sintonia, a harmonia e a coerência entre aquelas duas partes que se completam tão bem se transformam num jogo, hostil, cruel! As regras materializam a imaturidade e a fragilidade, danificam  e causam arrependimentos. É complexo como xadrez, audacioso, traidor e misterioso feito cartas de baralho, corrompe e destrói um a um até completar o todo como uma fileira de dominós, onde um único sopro desencadeia um cânone quedas ritmadas e que parece interminável. O grande porém é que não somos peças de jogos, portanto, não devemos jogar, a queda de dominós pode ser a nossa queda, e doerá. A unica regra deve ser não ter regras, não busque pelas melhores estratégias de jogo, porque no final será game over para todos, não há vencedor, tenha em mente: jogar é trapacear contra si mesmo.

Autor: Jordan Dafné
Ilustração: Jordan Dafné